Acho que vai acabar, em poucos anos, da forma que existe hoje, graças a gradual abertura econômica, a abertura política ainda é imprevisível, ainda que com o fim iminente dos irmão Castros, Fidel e Raul. Certamente não haverá velhos Cadilacs americanos da década de 50 rodando nas ruas decadentes de Havana.
As maiores personalidades de Cuba ainda são Fidel Castro e Che Guevara, embora este seja um hermano argentino.
Infelizmente o Buena Vista Social Club original também vai acabar. A maior estrela do grupo, Compay Segundo faleceu em 2003. Os outros tradicionais componentes já estão bastante velhos também.
No vídeo abaixo, aproveitem Compay Segundo:
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No vídeo abaixo, curtam a música e as fotografias:
Continuemos com a música. E quem não se lembra de Guantanamera, clássico da música mundial?. Observação contemporânea: guantanamera é a mulher que nasce em Guantânamo. Lá mesmo. Onde os americanos mantém uma base e um presídio para terroristas, principalmente da Al Qaeda. Voltemos às coisas agradáveis.
No vídeo abaixo, a versão original de Guantanamera, que foi gravada milhares de vezes por músicos de todos os cantos do mundo, inclusive do Brasil. As mensagens políticas inseridas, necessariamente não são idênticas as do autor deste post.
E vamos aos ritmos cubanos!!!
Cuba possui vários ritmos herdados de seus colonizadores como: salsa, merengue, rumba e principalmente o mambo.
E não podemos esquecer Celia Cruz e o maestro e compositor Ernesto Lecuona, este inclusive foi tema do internacional grupo de danca mineiro O Corpo, com um de seus maiores espetáculos, Lecuona, que assisti em 2004. Não deixe de ver o video abaixo:
Querem mais? Não tenham duvidas que tem muito mais.
Mas Cuba tambem tem charutos, enrolados nas coxas das morenas cubanas, enquanto alguem lhes le um livro como o Conde de Monte Cristo, e que acaba dando nome a uma das marcas mais famosas dos puritos habanos, Monte Cristo.
Tão elegante quanto Compay Segundo no uso do chapeu:
Um dos seus melhores trabalhos e' Os intocaveis, com uma cena memoravel, talvez umas das melhores da historia do cinema, quando salva um bebe na escada durante um tiroteio. Veja video abaixo:
Literatura cubana nao conheco nada. Ha anos espero ler Trilogia suja de Havana, de Pedro Juan Gutierrez, e ainda nao consegui. Vejam resenha abaixo:
Trilogia Suja de Havana - Pedro Juan Gutiérrez
out 28th, 2008 | Por Thiago Corrêa | Seção: Críticas
Trilogia Suja de Havana é o típico livro que só deveria ser vendido em sebo. Vendê-lo numa mega-store de shopping center é tão descabido como vender champanhe no carnaval de Olinda. Isso porque o livro é sujo, violento, repulsivo e deprimente. É poético.
Pedro Juan Gutiérrez sabe como despertar aversão numa pessoa. Segue o mesmo estilo de John Fante e Charles Bukowski, mas com um peso de rabugice tremendamente maior. Não tem o aspecto de aventura junkie de Fante ou Bukowski, é muito pior, é verdadeiro, fede a mijo. Fante e Bukowski parecem light, higiênicos, sexo com camisinha perto de Pedro Juan.
A diferença talvez venha do ambiente: uma realidade brutal e repugnante bem parecida com a apresentada por Paulo Lins em Cidade de Deus e Rubem Fonseca no conto Feliz Ano Novo. É a mistura do estilo dos junkies americanos com a miséria social da América Latina.
Vivendo na Cuba dos anos 90, durante o boicote econômico imposto pelos Estados Unidos, Pedro Juan descreve a miséria, a fome e a falência do sistema público do país através do seu pequeno universo. É a partir do seu dia-a-dia e dos acontecimentos que o cercam, que ele aproveita para tecer comentários, denunciando de maneira indireta toda a degradação humana da população cubana.
Escrito em forma de contos, segue uma seqüência não-linear, mas que se completam, mantendo uma certa ordem, construindo uma visão ampla e particular de Cuba. Os personagens aparecem, depois somem, mas isso não se torna um problema, Pedro Juan conta sua história em episódios, de maneira simples e com frases impactantes merecedoras de grifo.
Em meio a tudo isso, Pedro Juan ainda consegue demonstrar sua sensibilidade. Escrito num período de reavaliação, ele expõe todos os conflitos e angústias, crises e desilusões de alguém que chegou aos quarenta anos e decidiu mudar de vida. Estraçalhado por amores do passado, ele vai aprendendo a conviver com a solidão, se endurecendo, tentando sobreviver sem luxo, à base de sexo, rum e maconha.
Thiago Corrêa
lido em Dez./Jan. de 2005
escrito em 25.01.2005
: : TRECHO : :
“Eu estava relaxado. Com muito sexo, e muito tranqüilo de espírito. Nada atormentado. Bom, tormentos sempre há. Mas agora consegui afastá-los um pouco. Deixei-os a uma certa distância no futuro. É uma boa maneira de torná-los indistintos e não escutá-los. Eu tinha uma mulher em casa. Havia recuperado alguns quilos. E vivia. Sem nada para fazer. Sobreviver, creio que se chama isso. Deixar-se deslizar e não esperar nada mais. Muito fácil.” (p. 128)
: : FICHA TÉCNICA : :
Trilogia Suja de Havana
Pedro Juan Gutiérrez
Trad. José Rubens Siqueira
Companhia das Letras, 1a. edição
358 páginas
Manguaça
Rum. Cuba faz um dos runs (muito estranho este plural) mais famosos do planeta, e deu origem ao famoso drink Cuba Libre, rum claro com coca-cola ou pepsi.
Ingredientes:
1 dose de rum
1 copo de refrigerante sabor cola
1/2 unidade de limão em rodelas
2 pedras de gelo
Modo de preparo
Misture tudo em um copo de Long Drink, sem bater.
Este jogo e um clássico. Ninguem quer perder. Perdemos.
Rivalidade Brasil e Cuba (link)
Brasil e Cuba - Pan Americano 1996 (link)
Ufa! Dois dias será pouco. Muito pouco.