quarta-feira, 15 de agosto de 2012

26/07 - Cidade do México

Saímos pela manhã para uma grande caminhada. Inicialmente passamos em uma feira de artesanato procurando por caveiras e anéis de caveira. Esta é a moda do momento entre as meninas e mulheres brasileiras. Coincidentemente, no México se encontra muitos produtos com a imagem de uma caveira, devido à relação do mexicano com a morte. Vejam o post do dia 24/06/12. Basta procurar por regalos com una catrina ou una calavera. Catrina na cultura popular mexicana, é a representação humorística do esqueleto de uma dama da alta sociedade. É uma das figuras mais populares da Festa do dia dos mortos no México. Calavera é caveira ou crânio em espanhol. Infelizmente nesta feira não encontrei o brinco com a caveira que procurava para minha filha. Fui encontrar somente no Panamá, onde paguei muito caro por uma semi jóia, US$ 120.
Depois da feira, pegamos outra parte do Paseo de La Reforma e fomos ao Castelo de Chapultepec, que fica no alto de uma colina de mesmo nome, no centro de um bosque de mesmo nome, dentro de um parque de mesmo nome. Tudo muito original.

Castelo de Chapultepec
O caminho e o castelo são extremamente bonitos e nos traz um sentimento de paz. No caminho até chegar ao alto da colina é possível encontrar pequenos animais silvestres e muitas pessoas correndo, incluindo idosos e soldados do exército. O castelo atualmente é o Museu de História Nacional do México e possui um belíssimo acervo, além de jardins maravilhoso. Originalmente foi construído para servir de casa de campo de um figurão, o vice-rei da  Nova Espanha. Vale e muito, o passeio.


Vista do Castelo de Chapultepec, ao fundo, a partir da base da colina
Entrada do Parque de Chapultepec
Trecho do caminho até o alto da Colina de Chapultepec
Simpática companhia no caminho
Vista geral do Castelo
Vista do Bosque de Chapultepec a partir do castelo
Acervo muy rico

    

Jardim do castelo. Muito bonito.
Paseo de La Reforma. De novo...
Ao terminar o passeio em Chapultepec, fomos ao Museu de Antropologia, cruzando novamente o Paseo de La Reforma.


Museu Nacional de Antropologia
Para aqueles que se interessam pela história das civilizações, este passeio é imperdível. Este é um dos mais importantes museus de antropologia do mundo. São horas e horas de admiração e deleite.

Para entender a história do México e de seus vários povos no período pré-hispânico, nada melhor que visitar o Museu de Nacional de Antropologia, localizado no parque de Chapultepec.
O museu tem 12 galerias divididas por civilizações e regiões. Os maias, toltecas e olmecas e a cidade de Teotihuacán, que tinha a cultura das pirâmides, têm grande destaque, mas a maior sala foi reservada aos astecas.
Além das esculturas, há representações de como era Tenochtitlán e como eram feitas as pirâmides, que ganhavam uma nova camada a cada 52 anos, representando uma nova era.
O ponto alto do museu fica por conta da Pedra do Sol, uma escultura circular que, equivocadamente, foi chamada no início de pedra do calendário. Os entalhes contam o início do mundo asteca e predizem o seu fim.
Os astecas acreditavam que viviam no quinto e último sol, que, para eles, era sinônimo de criação, e já haviam existido quatro sóis.
Fonte: Folha de São Paulo

O ingresso custa 57 pesos mexicanos, em torno de R$ 9,00. Porém, não pagamos nada. Havia um protesto dos empregados do INAH - Instituto Nacional de Antropología e Historia, e as roletas estavam liberadas. Reclamam contra o descaso do instituto que, segundo eles, tem permitido a venda de sítios arqueológicos e a destruição de acervos não protegidos.

Vamos às fotos...
Maquete e painel de Tenochtitlan
Era a capital do Império Asteca. Tenochtitlán localizava-se onde atualmente é a Cidade do México. Não confundir com Teotihuacan, que fica a 48 km da Cidade do México.
Pedra do Sol, também chamada indevidamente de "Calendário Azteca".
Océlotl Cuauhxicalli. Pronuncie se for capaz.
Jaguar
Uma das  minhas peças favoritas.
As cabeças colossais: obras características dos Olmecas
Aventureiro encontra a cabeça colossal
no meio da  floresta quente e úmida.
Turista mauricinho encontra a mesma cabeça colossal
no museu com ar condicionado.



Centro Histórico da Cidade do México
O centro histórico é repleto de belas construções do período colonial espanhol, bem com tem um resto do Templo Mayor, uma das maiores edificações de Tenochtitlan.
Há também a Plaza Zocalo, a terceira maior praça do mundo.

Prédio dos Correios
Ainda tem muitos tocadores de realejo, sem os macacos....
Pois é...

Rua típica do centro histórico
Altar da Catedral Metropolitana
Nada contra os cachorros...
Palácio de Belas Artes
Palácio de Belas Artes II

sábado, 11 de agosto de 2012

25/07 - Cidade do México e Teotihuacan

Neste dia contratamos um tour para ir até Teotihuacan. Pagamos R$ 68,00 por pessoa.
Passamos em outro hotel para encontrar o grupo que iria conosco, praticamente só espanhóis. Neste grupo encontramos um pernambucano, André Malagueta (nome apropriado para o país), que se tornou nosso amigo e com quem fizemos alguns passeios e tomamos algumas cervejas. Um abraço, André.

André, novo amigo pernambucano. Jornalista e torcedor do Sport.
Nossa Senhora de Guadalupe
Antes de chegarmos a esta cidade de Teotihuacan, fomos a Basílica de Guadalupe. Este é o terceiro local religioso mais visitado do mundo, perdendo apenas para o Vaticano e Meca.

Nossa Senhora de Guadalupe, também chamada de Virgem de Guadalupe, é um culto mariano originário do México. É considerada pelos católicos a padroeira da Cidade do México (1737), do México (1895), da América Latina (1945) e imperatriz da América (2000). Sua origem está na aparição da Virgem Maria a um pobre índio da tribo Nahua, Juan Diego Cuauhtlatoatzin, em Tepeyac, noroeste da Cidade do México, em 9 de Dezembro de 1531.
Pelos relatos, uma "Senhora do Céu" apareceu a Juan Diego, identificou-se como a mãe do verdadeiro Deus, fez crescer flores numa colina semidesértica em pleno inverno, as quais Juan Diego devia levar ao bispo, que exigira alguma prova de que efetivamente a Virgem havia aparecido. Juan foi instruído por ela a dizer ao bispo que construísse um templo no lugar, e deixou sua própria imagem impressa milagrosamente em seu tilma, um tecido de pouca qualidade feito a partir do cacto, que deveria se deteriorar em 20 anos mas que não mostra sinais de deteriorização até ao presente. Um estudo realizado no Instituto de Biologia da Universidade Nacional Autônoma do México, em 1946, comprovou que as fibras do tecido correspondem as fibras de agave, tais fibras não duram mais do que vinte anos.
Em ampliações da face de Nossa Senhora, os seus olhos, na imagem gravada, parecem refletir o que estava à sua frente em 1531 - Juan Diego, e o bispo. Porém, alguns acreditam que isto pode ser explicado pelo fenômeno da pareidolia. O assunto tem sido objeto de inúmeras investigações científicas. É venerada no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe e a sua festa é celebrada em 12 de dezembro.
Fonte: Wikipedia.

Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe



Basílica velha, à direita, inclinada, está tombando e basílica nova ao fundo.


Nova basílica: muita suntuosa
Teotihuacan 
Teotihuacan tem como principais atrações as pirâmides da Lua (100 degraus, 45 metros) e do Sol (248 degraus, 63 metros). Chegamos ao topo das duas.
A subida ao topo exige certo preparo físico, principalmente por conta dos 2.240 metros de altitude da região, que podem causar desconfortos, como dor de cabeça e tontura. Por isso, o melhor é ir com calma, levar uma garrafinha de água e parar a cada patamar das pirâmides.
Além do descanso, as pausas são obrigatórias para apreciar a vista, mais bonita na medida em que se avança rumo ao topo. Quanto mais alto, mais se compreende o plano arquitetônico da cidade.

Monumentais e misteriosas, as Pirâmides do Sol e da Lua se elevam acima da silenciosa Teotihuacan, cidade que no passado chegou a ter cerca de 200 mil habitantes e era o centro do império pré-hispânico do México.
Erguida por uma cultura praticamente desconhecida no século I a.C., a cidade se espalhou por uma área maior que a da Roma imperial. Em 750 d.C., porém, ela foi abruptamente abandonada, talvez em razão de algum desastre ou seca.
Quinhentos anos depois, os astecas descobriram Teotihuacan, com suas pirâmides, templos, apartamentos e estádios, e a adotaram como um centro de peregrinação.
Com aproximadamente 63 m de altura (cerca de metade da altura da Grande Pirâmide de Gizé, no Egito), a Pirâmide do Sol está entre as maiores pirâmides do mundo. Os construtores ergueram a Pirâmide do Sol aproximadamente no ano 100 d.C., transportando e erguendo cerca de três milhões de toneladas de pedras, tijolos e entulho sem o auxílio de veículos com roda, de animais de carga ou de ferramentas de metal.
Após subir 248 degraus até o topo da pirâmide, você pode ver a Avenida da Morte alinhada ao templo, uma estrada com cerca de 4 km de comprimento que termina com a Pirâmide da Lua se elevando para o norte. Terminada em 300 d.C., ela parece ser tão alta quando a Pirâmide do Sol. Tem, contudo, apenas 45 m de altura, mas foi construída sobre uma área maior. Existiam doze plataformas montadas na praça adjacente, onde danças religiosas podem ter sido praticadas. Novamente, ninguém sabe. O mistério permanece.
Fonte: HowStuffWorks Brasil

Teotihuacan é um sítio arqueológico localizado a 40 km da Cidade do México, no México, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1987.
Teotihuacan foi a maior cidade conhecida da época Pré-Colombiana na América e o nome Teotihuacan é também usado para referir a civilização desta cidade dominante, a qual estendeu a sua influência sobre grande parte da Mesoamérica.
Existem evidências arqueológicas de que Teotihuacan terá sido um local multi-étnico, incluindo Zapotecas, Mixtecas, Maias e mesmo Nahuas, por exemplo. Os Totonacas sempre afirmaram que haviam sido eles a construir esta cidade, o que era corroborado pelos Astecas.
O quinto Sol
As civilizações mexicanas tinham uma lenda, segundo a qual, uma primeira geração de homens havia sido destruída em tempos remotos por Jaguares (Primeiro Sol). A geração seguinte fora destruída por furacões ou Vento (Segundo Sol). Uma terceira por erupções vulcânicas ou Fogo (Terceiro Sol). A quarta havia desaparecido com um dilúvio de Água (Quarto Sol). Estes sóis de cada uma das idades não eram como o sol actual que aquece temperadamente e que dá vida; este último sol teria sido criado em Teotihuacan (Quinto Sol).
A lenda
Foi também o padre Sahagún quem nos deu a conhecer a bonita lenda que nos fala da criação do Sol e da Lua, os deuses a quem foram dedicadas as duas magníficas pirâmides. A lenda reza assim:
Antes que existisse dia, os deuses reuniram-se em Teotihuacan e disseram, "Quem iluminará o mundo?". Um deus rico (Tecciztecatl) disse "Eu me encarregarei de iluminar o mundo". "Quem será o outro?", e como ninguém respondia, nomearam um outro deus pobre e sarnento (Nanahuatzin). Depois da nomeação, os dois começaram a fazer penitência e a rezar. O deus rico ofereceu penas valiosas de uma ave chamada quetzal, pepitas de ouro, pedras preciosas, coral e incenso de copal. O deus sarnento por seu lado, oferecia canas verdes, bolas de feno, espinhos de maguei cobertos com o seu sangue e no lugar de incenso oferecia as crostas das suas pústulas. À meia-noite terminou a penitência e começaram os rituais. Os deuses ofereceram ao deus rico bela plumagem e um casaco de linho enquanto que ao deus pobre era oferecida uma estola de papel. Depois, junto ao fogo, ordenaram ao deus rico que se atirara a ele. Este teve medo e recuou. Voltou a tentar e mais uma vez recuou, isto por quatro vezes. Chegou então a vez de Nanahuatzin, que fechou os olhos e se atirou ao fogo sendo consumido por este. Quando o deus rico viu isto, imitou-o. De seguida entrou no fogo uma águia, que também se queimou (e é por isso que as águias têm as penas foscas, de cor morena muito escura); de seguida entrou um jaguar que se chamuscou e ficou manchado de branco e negro. Então os deuses sentaram-se à espera para ver de onde sairia Nanahuatzin; olhando para oriente viram aparecer o sol com uma cor forte; radiava luz em todas as direcções e não conseguiam olhar directamente para ele. Voltaram a olhar para oriente e viram aparecer a Lua. Ao princípio os dois deuses resplandeciam com igual intensidade, mas um dos deuses presentes atirou um coelho à cara do deus rico e desta maneira diminuiu o seu brilho. Todos ficaram quietos; depois decidiram morrer para assim dar a vida ao Sol e à Lua. Foi o Vento que os matou e que em seguida começou a soprar, fazendo deslocar primeiro o Sol e mais tarde a Lua. Por tudo isto é que o Sol nasce durante o dia e a Lua mais tarde, durante a noite.
Fonte: Wikipedia

Apesar das condições do dia não estarem propícias para fotografias, seguem algumas:
Pirâmide da Lua
Rumo ao topo da Pirâmide da Lua
Primeiro topo conquistado

Vista da "Calzada de los Muertos" (Rua dos Mortos), avenida que se estende como um fio condutor da cidade, ligando a Pirâmide da Lua, ao norte, à Pirâmide do Sol, ao centro, e por fim ao Templo da Serpente Emplumada, ao sul
A caminho da Pirâmide do Sol, na Rua dos Mortos
Pirâmide do Sol, calculando o tamanho do esforço

Parada para descansar e apreciar
Quase lá.....
Pirâmide do Sol, topo alcançado
Recompensa
Companhia nova
Até a próxima
Passeo de La Reforma
O Paseo de la Reforma (em português: Passeio da Reforma), também conhecida como Avenida da Reforma, é uma importante avenida de 12 km na Cidade do México, batizada em homenagem às importantes alterações políticas que sucederam no virar da década de 1850 que culminaram nas reformas políticas do presidente Benito Juárez. A avenida foi inicialmente projetada para ligar o Castelo de Chapultepec ao Palácio Nacional, no centro.

El Caballito (o novo) e a Torre del Caballito, onde se encontram os escritórios dos deputados e senadores mexicanos





O antigo não ataca o moderno. Coexistem pacificamente.



Nesta área, cidade organizada e limpa. É possível. Acorda Brasil.
La Condesa
À noite fomos tomar tequila e umas cervejas (Corona e Negra Modelo) em La Condesa. A região de bares e restaurantes mais sofisticada da cidade, onde se concentram os endinheirados e turistas de todo o mundo.
Muito agradável, com opções variadas.